Justiça defere recuperação judicial de grupo do agro formado por produtores e transportadora
O grupo busca renegociar dívidas que somam R$ 21,3 milhões, em um processo voltado à reorganização financeira e à continuidade das atividades no agronegócio e no transporte rodoviário A 1ª Vara Cível de Cuiabá deferiu o processamento do pedido de recuperação judicial do Grupo Mazuy, que reúne produtores rurais e a Transportadora Rodomaza Ltda. O grupo econômico busca renegociar dívidas que somam R$ 21,3 milhões, em um processo voltado à reorganização financeira e à continuidade das atividades no agronegócio e no transporte rodoviário.
De acordo com os autos, a medida foi motivada por fatores externos, como a forte estiagem que reduziu significativamente a produtividade agrícola, a desvalorização da soja no mercado interno e o aumento dos custos logísticos e operacionais. Esses elementos resultaram em queda no fluxo de caixa e em dificuldades para honrar compromissos financeiros.
O juiz responsável reconheceu a consolidação substancial e processual entre os produtores e a transportadora, entendendo que atuam de forma integrada, com estruturas e recursos compartilhados. Dessa forma, será apresentado um plano único de recuperação contemplando todos os credores.
“A decisão reconhece a importância da preservação da atividade empresarial e assegura que produtores e transportadora tenham condições de se reorganizar sem perder seus ativos essenciais. A recuperação judicial se consolidou como um instrumento moderno e estratégico de reestruturação, capaz de proteger empregos, preservar a cadeia produtiva e garantir a continuidade dos negócios”, destacou o advogado Antônio Frange Júnior, que representa o Grupo Mazuy no processo. O Grupo Mazuy atua há décadas no agronegócio mato-grossense, especialmente em Vila Bela da Santíssima Trindade e Pontes e Lacerda, além do transporte de cargas na região. A decisão suspende ações e execuções contra o grupo por 180 dias, garantindo fôlego financeiro para a elaboração e votação do plano de recuperação. “O objetivo central da recuperação judicial é criar condições para que empresas viáveis atravessem momentos de crise e voltem a crescer. Esse é o caso do Grupo Mazuy, que tem forte relevância para a economia local e demonstra capacidade de superação”, acrescentou Frange Júnior. A medida é considerada estratégica não apenas para os empresários, mas também para trabalhadores, fornecedores e toda a cadeia do agronegócio regional. Com o processamento da recuperação judicial, o grupo mantém a posse dos bens essenciais, preserva a produção e cria condições para restabelecer o equilíbrio financeiro.
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